sexta-feira, 22 de março de 2013

AS RELIGIÕES E O ALIMENTO DA IGNORÂNCIA




Todas as religiões de hoje se baseiam e se alimentam da ignorância de seus seguidores. Quanto mais pobres, quanto menos instruídos, quanto menor sua capacidade de reflexão e bagagem cultural, melhor.
As religiões buscam seguidores que não pensem nas incongruências de suas teorias, que não questionem a validade de seus ensinamentos, que não procurem a fundamentação de suas doutrinas. Que não questionem o seu controle, que não desmintam seus líderes.
Lideres religiosos baseiam seus discursos em textos com mais de 2 mil anos, que foram copiados de outros mais antigos ainda, interpretam e tentam aplicar regras sociais que não cabem mais a nossa realidade por meio da interpretação.
Mas quem  são esses lideres religiosos? Os mais educados, instruídos e que compreendem melhor os textos antigos é da religião católica, pois todos os seus ministros tem uma formação superior, filosofia, medicina, astronomia, antropologia e muitas outras. Não existem padres ignorantes. As demais religiões cristãs formam sues ministros do meio do rebanho.
Ensinam no seu seio, reforçando seus dogmas preconceituosos e atrasados, eles são meramente repetidores daqueles que estão a mais tempo no exercício do sacerdócio. Existem denominações religiosas nas quais um cursos de pastores não dura mais que 3 meses.
Então um ladrão, um viciado, um assassino, dentro de 3 meses pode virar pastor. Liderar uma comunidade, e ter sua própria igreja. Lugares como o bairro são Raimundo em são Luis, capital do maranhão tem uma igreja protestante a cada 3 casas. É um dos bairros mais populosos e pobres da capital e pude percorrer rua após rua divulgando um curso profissionalizante de minha autoria.
Existe uma igreja católica e mais de mil igrejinhas protestantes, com duas gigantescas, uma de frente para outra.
Hoje, a religião se tornou comercio, descaradamente. As congregações escolhem seus representantes pela capacidade que tem de extorquir dinheiro de seus congregados. Os pastores tem metas de arrecadação a perseguir, como em qualquer negócio, se não cumprir, é deposto, se ultrapassar, é transferido a uma paróquia maior.
Seus congregados são ensinados a não raciocinar, a decorar o que lhe é ensinado, a não questionar e principalmente a não faltar com a presença e muito menos com a contribuição: o maldito Dízimo.
Cristãos protestantes, mesmo em suas atividades cotidianas destinam 10% de sua renda para a igreja. Tive a oportunidade de ver a contabilidade de um fiel que orgulhosamente me mostrava o seu controle em uma pequena papelaria.
Todos os produtos vendidos eram anotados, com os 10% anotados a parte, no fim do mês ele somava o dizimo e pagava ao pastor. Sua papelaria não estava dando lucro e culpava sua mulher preguiçosa que não a abria e quando o fazia, tratava mal as clientes mulheres por ciúme.
A todo custo, tentei lhe explicar que o lucro no material de papelaria raramente superava 5% e que na maioria a média era de 3% e que o dizimo, deveria ser pago pelo lucro e não pelo preço total do produto e que ele estava pagando para trabalhar e se continuasse naquele ritmo, fecharia as portas em um ano.
Consegui que ele refletisse sobre o assunto, mas ele decidiu perguntar ao pastor, este, compreendendo que sua arrecadação cairia de 100, 200 reais para 20 centavos disse que eu era diabo falando e tentando desviá-lo do caminho de deus. Ele acreditou no pastor e um ano depois, sua papelaria estava fechada.
Esta pessoa sabia que eu dava aulas na área de administração de empresas, mas decidiu seguir as instruções de uma pessoa que mal tinha o primeiro grau em nome de uma fé cega. Depois que sua papelaria fechou chegou a conclusão, segundo me disseram de que deus não queria que tivesse uma papelaria e que estaria guardando algo melhor em sua vida mais adiante.
A ignorância justificou a ganância do pastor.
Hoje, não existe igreja sem dinheiro, pastor, passou a ser profissão e sustentam suas famílias e o seu luxo com o dizimo, as igrejas são empresas com contabilidade, tem jornais, rádios e televisões, tem vendedores de porta em porta e almejam lucros cada vez maiores.
 Evolução dos tempos? Acho que com o passar dos milênios a vergonha em se definir vivendo exclusivamente das contribuições de fieis deixou de existir. No judaísmo original, o rabino era também um criador de rebanho de ovelhas, dono de escravos e negociante de sucesso, sua família deveria ser numerosa com muitas mulheres, concubinas e filhos e ele abastadamente rico e idoso. Como poderia aconselhar quem estava no começo da vida se não tivesse passado por todas as situações antes.
Os imãns e aiatolás do islamismo, já não são vistos por sua riqueza, mas são igualmente admirados pela sua idade e experiência.
A igreja católica, como já dito, o inicio da vida sacerdotal coincide com a formação superior e a subida de cargo, tem mais a ver com política do que com arrecadação. O que é igualmente vicioso.
Nenhuma igreja hoje investe na educação superior e no estudo aprofundado em ciências, historia, sociologia ou antropologia e vêem nestas ciências o maior inimigo, pelo obvio, todos os que se dedicam a essas profissões tentem a ver o mundo com outros olhos, e são matrizes criadoras para ateus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário