Fé é acreditar em algo ou em alguma coisa com a
maior força que um ser humano consegue reunir.
Crença é o poder que a pessoa atribui a algo ou
alguém de conseguir fazer uma coisa determinada.
Ninguém é mais crente ou tem fé mais fervorosa que
o sertanejo brasileiro. Capaz das maiores demonstrações de fé católica,
ultimamente, muitos tem se rendido ao protestantismo. É ele entretanto o maior
apenado pela situação de pobreza extrema em nosso pais. Deus não ouve a prece
do sertanejo, mas eles mantém a fé.
O africano é extremamente religioso, multicultural,
existem católicos, protestantes, islâmicos e até judeus, sem esquecer os
praticantes do candomblé e outras denominações menos conhecidas. São
entretanto, o povo mais execrado da terra. Deus não ouve a prece dos africanos,
mas eles mantém a fé.
Uma tribo africana acreditava que um ritual de
morte feita pelo xamã da tribo poderia condenar um homem a morte. Um
antropólogo acompanhou o ritual e impressionado viu ao longo dos dias um homem
definhar até morrer. Intrigado por esta crença, este antropólogo insistiu que
fizessem o ritual com ele e depois de muita resistência o xamã aceitou e
realizou o ritual o antropólogo não apenas sobreviveu, como escreveu um livro
sobre a experiência e relatou que a única explicação para que o homem morresse
foi a mais pura fé no ritual de morte, ele simplesmente por acreditar, deixou
de comer, trabalhar e deitou-se até que por fim morreu, provavelmente por inanição.
É a Fé em si mesmo que faz com que uma pessoa com
derrame volte a andar, mas esse efeito pode ser conseguido pela Fe do doente em
um cajado mágico, ou uma vela mágica, ou uma entidade imaginária qualquer.
É a Fé que cria os deuses e não os deuses que criam
a fé. Ninguém foi mais crente que os egípcios em seus deuses e na vida após a
morte. Eles viveram para o pós-vida. Todas as suas atitudes durante a vida
foram para garantir um bom pós-morte.
Foi essa crença que em nome da religião eles
desenvolveram a mais avançada ciência de construção e medicina de todas as civilizações
naquela época, e muitas outras coisas que descobrimos apenas recentemente.
Hoje, o povo egípcio não é nada alem da sombra do
que aquele povo, o mais avançado do mundo, foi um dia. Os deuses que os
acompanharam por 9 mil anos os abandonaram.
Os gregos, aprenderam com os egípcios a
grandiosidade dos templos e a importância da religião como forma de reforço e
controle. Foram pródigos em construir divindades e criar histórias magníficas que
transcenderam eras. Os gregos dominaram praticamente todo o mundo conhecido,
mas sua cultura se desgastou, sua desunião fez com que sucumbissem e mesmo seu
magnífico legado de mais de 3 mil anos tornou-se escombros de pedra e mármore,
seus deuses maravilhosos não tiveram forças para sustentar por mais tempo.
O povo romano tinha fé, mas sua fé era muito mais
em suas próprias capacidades, na capacidade de seu povo, seu império, que em
divindades. Vejam o que construíram. Sim construíram templos para honrar os
deuses, devidamente copiados dos gregos, mas sua maior crença era que os
romanos eram soberanos do mundo. Vejam o legado que veio desta fé, ele dura até
os dias de hoje.
Veio então a religião cristã com uma proposta nova,
concentrar todo o poder em apenas um deus. A idéia não era nova, era copiada
dos judeus, mas os cristãos acrescentaram o inferno e eram mais permissivos em
suas tradições que os judeus. A religião agradou o imperador que viu o
gigantesco poder de controle nessa nova religião. Os cristãos eram fieis o
suficiente para morrerem sorrindo ao serem devorados por leões na arena e
dóceis o suficiente para serem explorados sem muitas reclamações e eis que
surge a religião oficial do império romano.
Todas as datas do cristianismo devidamente adaptadas
para cobrir os festivais mais comuns do império, como o natal, data tradicional
romana para comemorar o solstício de verão, habilmente adaptada para se
transvestir em data de nascimento de cristo. Os apóstolos e pessoas de renome
cristão foram igualmente cobertos com as mesmas qualidades dos deuses
grego-romanos e nasce então a mitologia cristã com seus anjos e demônios,
santos e virgens.
O império dividiu-se e mais tarde sucumbiu ao
próprio peso, mas não antes de fazer da religião cristã com seu ultimo suspiro
de poder florescesse mais do que sua mãe, o judaísmo.
Por volta de 1300, com a estagnação do
cristianismo, o islamismo, sua irmã caçula nasce, ainda mais rígida que o
judaísmo, com execuções de cortes de cabeça e cortes de mão e começa então a luta
pela hegemonia mundial entre cristãos e muçulmano. Os muçulmanos municiados de
sua nova fé, investiram na ciência e ultrapassaram os cristãos até o momento em
que tomaram de conta da maior parte da Europa. Devemos a eles a vela da
caravela, o astrolábio e a bússola. Devemos muitas outras coisas trazidas por
eles o oriente chinês.
Como pode ver, quem tem mais fé, vence sempre.
Portanto, não se deve negar o poder da fé, devemos
sim, estudar os seus mecanismos para ajudar a melhorar a condição humana. Quando
os egípcios usaram a fé para canalizar esforços e construir monumentos
magníficos eles conseguiram e estão ai até hoje. Os gregos conseguiram feito
igual, seguido pelos romanos e por fim, os homens do oriente médio conseguiram
destaque parecido.
Hoje, as grandes religiões cristã e islâmica estão
desgastadas, juntas com o judaísmo são crenças arcaicas postas sobre pilares
antigos, que não comportam mais o avanço do mundo. Tais religiões estão
atravancando com o progresso pois todas estão se opondo a ciência.
Quando a fé vai contra a ciência a sociedade paga o
preço com a parada de suas realizações e o retrocesso de seu conhecimento.
Quem são hoje os egípcios? Os gregos? Os romanos? E
os árabes? Que grande feito conseguem executar hoje no século XXI? Suas
religiões estagnaram, seu conhecimento foi perdido, o seu poder desapareceu.
Divindades perdem poder, perdem seguidores, perdem
sentido. Vamos nos concentrar na única coisa realmente imutável nos últimos 13
milhões de anos: o próprio homem.
Devemos aprender a canalizar e concentrar o poder
da fé em nós mesmos para que possamos um dia igualar a antiga capacidade de
criação, mas sem conflitar jamais com a ciência.
Onde estaríamos hoje se as religiões não tivessem
proibido as experiências com célula tronco ou com a clonagem humana? Um
acidentado de carro poderia facilmente voltar a andar e mexer os seus braços,
um cego poderia voltar a ver.
Doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson
seriam extintas. Eu poderia clonar um rim meu e transplantá-lo para mim mesmo e
não mais sentir dor. O câncer não teria mais efeito. Milhares de pessoas de uma
hora para outra teriam sua dignidade de volta.
A longevidade e talvez a imortalidade está a um
passo de nós, mas preferimos acreditar que viemos para esta vida para sofrer e
não para aproveitar.
As religiões são contra por um motivo egoísta: Com
a longevidade e a imortalidade garantidas para o ser humano, com as doenças
degenerativas sob controle, como elas ameaçariam seus fieis?
Qual inferno é assustador o suficiente se ninguém
morre? Que importância tem deus para um homem que tem tudo graças a ciência? As
religiões de hoje sobrevivem da infelicidade e sofrimento do povo que as segue.
A prova é que os mais religiosos são sempre os mais doentes e os mais idosos,
são pessoas que sentem a morte por perto e querem uma tabua de salvação da
danação eterna.
Pessoas que fariam de tudo para alongar um pouco
mais sua existência nesse mundo apesar de dizerem acreditar na vida eterna.
Acreditam sim, mas por puro desespero.
Se o crente acreditasse mesmo na vida após a morte,
todo doente e todo velho se mataria ou pediria para ser morto e passar desta
para “uma vida melhor” sem delongas, sem demora. Melhor uma vida inteira do
lado de lá, que uma semi-vida no lado de cá.
Mas no intimo todos temem a morte porque sabem que
é uma viagem sem volta. Ninguém jamais voltou da vida eterna, porque não existe
vida eterna, a vida é finita e por isto é tão preciosa.
Hoje, perdemos tempo em templos e seguindo regras a
muito ultrapassadas, vamos renovar nossa fé, rever todas as regras e ter uma
religião digna de nosso nível tecnológico. Essa fé é o evoluísmo, tenha fé que
esta nova religião abrangerá o mundo natural reconhecendo a sua importância, a
ciência teórica e aplicada nos seus mais diversos campos e jamais esquecerá da
natureza fundamental do homem.
Você pode ter Fé em mim, Fé no que eu digo ou não,
eu digo para ter critério, jamais tenha fé cega, digo para pesquisar, estudar e
confirmar por si mesmo.
Tenha Fé que tudo vai dar certo se você se dedicar,
tenha Fé que vai encontrar pessoas boas e que vai ter ajuda. Afaste-se de
pessoas ruins e negativas e tudo vai dar certo.
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